Caro Amigo
O papa
Viajei ao Vaticano. Não que eu seja católico, mas e um lugar
importante a se visitar, com sua história e contribuição para o que o mundo é
hoje.
Cheguei a Roma às 12h30min, fui almoçar, e peguei o ônibus
de turismo para a basílica de são Pedro, fui só, minha família queria ir
conhecer Roma primeiro, Algo me chamava para aquele lugar, o vaticano, Algo
místico.
Cheguei, e me maravilhei com tamanha estrutura, e lindo,
grandiosa obra de arte, me afastei do grupo, e fui ver as estatuas, um homem,
correndo, deu de encontro comigo, tentei questionar o que ele estava correndo,
e ele começo a falar em italiano, como não entendi, ele continuou sua corrida,
e sumiu, voltei a apreciar as obras
quando notei que elas estavam diferentes, algo sujo, doente, elas pareciam estar triste, com comparação a
primeira vez que olhei, não me importei com isso, pode ter sido minha
imaginação.
Depois da visita, fui ao hotel, comer, estava com fome, a
comida no vaticano era muito cara, lugares turísticos são sempre assim. Fui
comer, e o pão estava embolorado, reclamei com a administração, como pode não
ter visto que o pão estava mofado, trocaram o pão, e tudo bem, só um cheiro de
podridão começou a vir da rua, fiquei nauseado,
alguém de estar fazendo manutenção nos bueiros, Subi para o quarto.
Novo dia, e o mesmo cheiro, reclamaram com a administração,
eles sentiam o cheiro também, mas não sabia de onde vinha, fui passear e olhar
a cidade, achei uma loja de artigos
religiosos, como gosto de religiosidade, entrei, e la no fundo, tinha uma
estatua, de um padre, mas era um padre com roupas de prestigio, parecia um
Bispo, ou papa. Só que sua expressão era como se tivesse morto, mas com os
olhos abertos, chamei o vendedor, e perguntei que santo era esse, disse que não
era um santo, mas uma imagem do Papa Clemente VI que tinha vivido na época da
peste bubônica, Ele tinha jogado os inúmeros mortos no rio, pois não tinha mais lugar para enterrar tanta gente, como
suas orações a deus não faziam a peste parar. Houve um boato que ele era o papa
amaldiçoado, o papa da pestilência. Ai essa imagem era pra demostrar essa
lenda, comprei a imagem, muito bonita, mesmo sendo tão macabra.
Maldito cheiro, e outra vez comida estragada, fui brigar,
porque parecia que a comida estava estragada a dias, e eles me reembolsaram a
estadia, pedi para não mandar ninguém embora, erros acontece.
Acordei assustado, vi
algo esquisito, um vulto passou ao lado da minha cama, e era 3 da
madrugada, será que alguém tinha entrado no meu quarto, olhei o quarto todo,
quando fui me deitar, um ser humano, com apareça doente, muito debilitado, com
feridas por todo corpo, bolhas pretas,
horripilante, veio em minha direção, e fez posição para se agachar, como se
quisesse pegar em meus pés, eu gritei, minha família veio correndo, eu corri, contei a fato, quando chegamos no
quarto, não tinha mais ninguém, não tinha nada. Riram da minha cara, dizendo
que um homem da minha idade vendo besteiras.
Fui dormir, só tive pesadelos, com ratos pretos, lugares assombrosos, cidades
fazias, um cheiro horrível de morte
entrou pelas minhas narinas, acordei assustado. A pior noite da minha vida.
Relacionei tudo com a estatua que tinha comprado, tentei vender ela na loja de
volta, o dono se recusou , fui e joguei-a no rio ali perto, imagem
horripilante.
Na mesma noite, consegui
dormir normalmente, só que veio um sonho, um homem, vestido com roupas
medievais, um aldeão, clamando para o papa rezar, para a peste cessar, mas
olhando para mim. Será que o fantasma do papa tinha me possuído, ou eu estava
impressionado com a história.
Não aguento mais sonhar com aquele aldeão, toda noite ele
vinha clamar para que reze pelas pessoas doentes, fiquei bravo e bravejei com
ele no sonho, e o amaldiçoei, ele começou a passar mal, adoeceu e virou ossos. Acordei, assustado, como fiz
aquilo, sonhos horríveis.
Acordo e o cheiro piora, começo a andar pela casa, e tudo
esta estragando, as frutas que estavam encima da mesa, o chão começa a ficar
cinzento, a porta de madeira começa a apodrecer, corro pro quarto dos meus pais, eles estão mortos, com muitas feridas, e bolhas
pelo corpo, acordo assustado, que sonho
terrível. No meu ultimo dia em roma,
corro para alguma igreja, para falar com alguém padre, e antes que entre na
igreja, um medigo, muito sujo, fedido, me para, e fala :
Sanctissimum Papam
peste, ad hunc orbem redi, ite in terram eumque ambulare plaga.
Eu corri para dentro da igreja, e aquelas palavras não sai
da minha cabeça, encontrei um padre que fala minha língua, expliquei esses
sonhos, ele ficou assustado, ai repeti a
frase do mendigo em minha cabeça. Ele começou a gritar, comigo, começou a me
expulsar da igreja, e todos viram, e ele falo algumas palavras em italiano com
uns rapazes, e eles vieram pra cima de mim, nunca corri tanto.
Cheguei a uma rua, que tinha um lugar que invocava
espíritos, não era africano, era um lugar mal, uma religião diferente, não era
tribal, era má, ruim, pesada, tomei coragem e fui falar com o dono, líder, sei lá,
tentei conversa com alguém. Contei o que tinha acontecido, e repeti a frase, ele olhou para mim e disse :
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Eu não entendi, e fiquei nervoso, eles começaram a vir par
acima de mim, um cara veio me segurar, falando umas palavras estranhas, e
coloquei minha mao em seu peito para empurrar, e logo ele começou a cair, seu
corpo fico branco, fraco, e morreu, só de eu tocalo, olhei para minha mão, o
homem repetiu a frase, e dessa vez eu compreendi, ele disse :
- Bem vindo, santo papa.
Nisso entra o mendigo louco, que me parou, correndo, como se
quise-se anunciar algo, ele me ve, e se prostra, aos meus pês, e clama a frase,
que dessa vez eu a compreendo:
Santo papa da pestilência, o senhor voltou para esse mundo ,
venha, caminhe pela terra e transmita sua praga.
Nunca me senti tão poderoso, e minha mente foi revelada, meu
corpo transcendeu, tornei me imortal, sou o medo que você não vê, o assassino
silencioso, o que rouba o seu bem preciso, sua saúde, eu sou um dos cavaleiros
do apocalipse, venho de manta em descorado,
carrego a jarra, trago o mal em
pote, sinta a brisa, cheire isso, a praga esta no ar. Bem vindo ao apocalipse,
eu sou a Peste, sou o Papa da pestilência.
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