Toque do Mal
Caro Amigo
Não tenho tempo para formalidades, meu senhor, nesses dias
esse ser veio para nosso vilarejo, veio nos barcos que atracam sem parar em
nosso porto, não tem como fugir, ela esta lá, no escuro, aonde tentamos em vão
esconder-nos.
Senhor, rogo-te fuja, vá para o mais longe, não olhe para
traz, só fuja, enquanto ela não coloque os olhos em ti, meu filho não teve nem chance de fugir, eu já sinto seu
respirar quente em minha nuca, já sinto calafrios, sinto que estou em sua presença .
Fizemos alguma afronta ao nosso senhor Deus, ele nos
abandonou, jogou tão temível ser para nós purgar de nossos pecados, ela não
poupa nem os inocentes, elas os devora como um lobo se alimenta de uma ovelha.
Fomos tão promíscuos, sujos, pior que a malditas cidades de Sodoma e Gomorra,
rogo ao senhor nosso Deus que jogue saraiva em nos, pois a morte é mais rápida
e quase indolor, comparado a tão temido ser que nos assola de dia e de noite.
Ela é o mal, nem o diabo tem tão temível poder, seu toque é paralisante, ver ela chegar lentamente, com um sorriso macabro, para
nos devorar, sem esperança, como coelhos envenenados pela cobra; a espera de
sua morte, que a cobra nesse ponto tem mais misericórdia, matando sua presa o
mais rápido. Mas ela não, quando mais sofrido, mais ela gosta, ela não se
alimenta de nossa carne e sim por nosso medo, nosso temor, perante seu poder
insuperável
Meu caro amigo, rogo que reze para nossos senhor nos livrar dela, porque nossas orações imundas não surgem efeito, ela está em todo lugar, ela pode ver, sentir, cheirar e ouvir, cada movimento que fazendo desde de o levantar ate nosso repouso.
Meu caro amigo, rogo que reze para nossos senhor nos livrar dela, porque nossas orações imundas não surgem efeito, ela está em todo lugar, ela pode ver, sentir, cheirar e ouvir, cada movimento que fazendo desde de o levantar ate nosso repouso.
Peço que essa carta chegue o mais cedo em suas mãos, para
que possa fugir que possa ter o direito de viver, sem ser assolado por ela, com
seu toque do mal.
Dia de nosso senhor 13
de maio de 1348
Joanna kelly
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