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contos de terror - O mensageiro da Morte



O Mensageiro da Morte


A fé é um instrumento que hoje em dia é banalizado, como mercadoria, como algo que se entrega. A Fé e o portal, o portão, o caminho.
Meu filho, foi criado sem obrigações religiosas, deixei pra ele decidir no que ira colocar sua fé. Quando completou 12 anos, veio falar que não acreditava em nada, e que tudo era ilusão, eu ri dele, parecia eu mais novo, só falei para ele:
- Filho, tudo existe, tudo esta lá, basta ter fé.
Esse comentário pareceu ser tirado de um livro de autoajuda, eu concordo, mas e a pura verdade. Deixei meu filho aos cuidados da mãe, e fui trabalhar, eu trabalho anoite, num hospital.
Meu filho que me parece se intrigou com o  que eu tinha dito, e veio me questionar porque eu disse aquilo a ele. Chamei – o e contei a história que relado agora:
Dois jovens, Angus e Anthony, angus e  Anthony era estudante de medicina, angus queria ser pediatra, e Anthony queria trabalhar como legista. Ninguém aceitava, mas Anthony dizia orgulhosamente.
- E para provar que não a vida depois da morte, somente uma carne morta e vazia.
O pai de Anthony faleceu, e Angus foi ao velório  consolar o amigo.
Anthony depois do enterro foi com angus ao Cais da cidade,  ver o mar, estava uma linda tarde, todos felizes caminhar a beira do mar, Anthony muito triste indaga Angus :
 - será que existe vida depois da vida? Eu estudo, e a ciência diz que não.
Angus responde:
- Li sobre um rapaz no jornal,  falando sobre  que tudo existe, tudo é real, pasta ter fé.
Anthony olhou para angus com escarnio, e só não gargalhou porque estava num momento triste de sua vida.
Anthony vira e fala, com toda convicção do mundo.
- eu acredito, eu tenho fé, quero ser o mensageiro da morte, quero conhecer a morte, quero vê sua face. A face que tirou meu pai desse mundo.
Angus ficou quieto, e só acenou com a cabeça, pois nunca viu o amigo dizer, Eu acredito, eu tenho fé.
Passar de uma semana, estava  angus e Anthony, andando na rua, em pleno meio dia, em  férias da faculdade, Anthony bruscamente para na rua, e perplexo,  um senhor idoso, na rua, começa a passar mal, muito mal,  e Anthony começa a gritar.
- Socorra o senhor.
- Você veio buscar ele
- Sua maldita.
Angus corre para socorrer o senhor idoso, pois tinha conhecimento de primeiros socorros, e  Anthony fico lá parado, congelado. O senhor de 90 anos, acabou falecendo, parada cardíaca.
Angus foi para cima de Anthony, frustrado, por não ter conseguido socorrer o senhor idoso, e  grita nervoso com Anthony :
- Porque não foi me ajudar, ficou ai parado, que nem um otário,  falando quem alguém vinha buscar, sim claro que vinha, a morte veio buscar ele, e você  como estudante de medicina não tentou socorrer.
E Anthony, perplexo, disse:
 - sim ela veio, ela veio.
Angus corre para falar com os bombeiros que chegaram para socorrer o velho falecido.
Mais a tarde angus vai a casa de Anthony, e questiona porque ele fico ali parado. Então eu ouvi da boca de um cético convicto:
Um esqueleto, feminino, curvado, uma senhora idosa, com trapos de roupas  entre os ossos, ossos que estavam sujo lascados, em péssimas condições, sendo sustentado por uma  vara, em mogno,  linda, comprida, em sua ponta vinha pendurado um triscele, lindo, prateado, a velha caveira segurava o bastão  com a mão esquerda,  e no pulso esquerdo tinha um relógio de bolso, com a corda do relógio transpassada. Não tinha os ossos da mão direita, só tendo o braço direito. Veio andando lentamente,  quanto mais se aproximava do velho, mais o velho sofria, chegou perto e encostou o cajado no velho , feito isso ela começou a andar em sua direção, e passou por ele, e acenou como uma senhora idosa acena para um homem,  e ele a viu partir , até sumir no final da rua. Anthony disse que o proposito da caveira não ter a mão direita era pra não poder afirmar contratos, nem propostas. Sendo inegociáveis suas visitas.
Daquele dia em diante a vida mudou, Anthony, começou a ir à casa de pessoas desconhecidas,  vestia-se de preto, com uma cartola de seu avô, ficando cada dia mais magro, e com o tempo todos o temiam, pois sua visita a casa  trazia  a morte. Ele visitava alguém, alguém da casa falecia.  Angus perdeu o contato com o amigo, que abandonara a faculdade, para perambular pela cidade carregando a missão da noticia indesejada.
Angus tentou achar Anthony, mas não conseguiu, buscou em albergues,  lugar de assistência a moradores de rua, hospitais, manicômios , somente um dia depois de formado medico, Angus em seu plantão, recebe a noticia que um morador de rua, vestido de gala, estava passando mal,  e veio as pressas ao hospital. Angus corre para sua rotina, e depara com o amigo, debilitado,  vestido com roupas pretas, e falava:
- Suma sua velha maldita, velha asquerosa, como eu amaldiçoo o dia que disse que tinha fé em você.
Angus começa a chorar pelo estado do amigo, é afastado do atendimento por ter ligação com o paciente.
Anthony morre aos 40 anos, magro, só. Seu enterro só compareceu sua família, e Angus.
Angus sentiu uma parcialidade de culpa, já que ele tinha contado do jovem quem diz q a fé faz que tudo existir.
Ao terminar de contar, ao meu filho essa história, olho pela janela, e minha colega de profissão, a que faz o trabalho sujo, a que mostra como a vida perante ela e uma pequeno e frágil lírio, que uma tesoura pequena pode cortar seu caule, e a podar do jardim, como ela era a jardineira que   ia podar a planta que estava velha para deixar as mais novas florescer.
Eu angus D. Andersen sou medico legista, e vejo a morte andar pelos corredores do hospital. Fazendo seu trabalho.
Não acreditar é a fé  no vazio, mas como deixar de ter fé em algo, depois de o ver?!
Muito melhor é ser cético, ter fé que nada existe, pois nada ira existir, do que querer não ver e não poder evitar mais.

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