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A violência no distrito do Paraiso

 

Dentro da inteligência racional está a construção do mundo ideal e mundo real. Existem sentidos racionais do mundo real e do mundo ideal. Tudo que não é tido como interessante e certo é do mundo real.

O mundo ideal é tudo aquilo que podemos mostrar para os outros e será aceito. Tudo aquilo que não dá vergonha. Depende da definição do seu ambiente social. É um teatro.

O mundo real é aquele que você não quer que os outros descubram. Também é um teatro.

Com a construção do mundo ideal, existe os personagens e suas funções nessa peça. Quando se luta pelos direitos de minorias, significa que está tentando mudar o mundo ideal. Aquele que age contra essa inclusão está tentando manter um outro mundo ideal. Por isso é guerras de ideologia. Ideologia é a construção do mundo ideal.

O problema está na relação no que as emoções sentem o mundo real e o mundo ideal. A vergonha é a resposta da inteligência emocional para aquilo que ela entende como real e ideal.

A pressão psicológica é a inteligência emocional pressionando a si mesmo para que haja de forma ideal. Não é culpa dos outros, é nós mesmo nos violentando para se encaixar na pela teatral da idealização.

O erro pertence ao mundo real, e é o fator mais forte para a vergonha. Sempre que vamos fazer algo buscamos o ideal TEMENDO o real. O condicionamento é tão perigoso que pode inibir de alguém fazer algo com medo do teatro do mundo ideal.

A pressão psicológica de é maior em errar numa apresentação do que roubar alguém. Falar em público é um dos maiores medos dos seres humanos.

Não existe o mundo real, nem o mundo ideal, é uma fantasia condicionada para que todos funcionem conforme um esquema, principalmente para favorecer alguns. Por exemplo, se todos os pobres de um país perderem o medo de errar ao falar uma língua estrangeira, aquele que a fala será comum, logo sairá do mundo ideal e passará para o mundo real.

Se todos os brasileiros falarem inglês, aquele que falar inglês deixa de ser ideal.

O sistema educacional inconscientemente ( espero!) constrói esse teatro colocando o medo do mundo real aparecer no mundo ideal. Na escola é aprendido que errar é algo vergonhoso.

A vergonha é eliminada quando temos consciência do teatro ideal e real. Errar faz parte do processo de aprendizagem, não tem nada a ver com ser ideal ou real, mas sim com evolução.

A ideia central do ser humano é que aquilo que é idealizado é perfeito e o agir é real, logo deve-se evitar o agir e viver o ideal.

O correto é o mundo ideal ser o esboço para o mundo real. Usamos a idealização para projetar e agir aquilo que temos em mente nunca condiz com a realidade e sempre está errado. Sempre que fazemos algo que pensamos concluímos que era diferente do que projetamos.

O maior medo do ser humano é não ser ideal. Isso não é natural, é um condicionamento da vivência social. Apavora-se tanto alguém quanto ao fugir a regra, que a inteligência emocional já interpreta situações fora do ideal como negativas.

Todo medo é a reação da inteligência emocional a aquilo que não é ideal. Você tem medo da fantasia criada. Todo esse medo é das pessoas honestas consigo e com o outro.

As pessoas desonestas, tem medo de serem pegas, mas não tem medo de fazer algo real, desde que o resultado seja algo ideal. Por exemplo, ser ladrão não da vergonha, mas medo de ser preso, se ele roubar e conseguir ter um carro, casas luxosas, não tem importância.

O jeitinho brasileiro são ações que facilitam, geralmente ações ilícitas, o alcance do ideal. Para se conseguir passar na faculdade tem que se estudar, mas se eu pagar algo para o avaliador ele me passa, logo estudar passa ser algo sem valor.

Estudar é colocado como algo real, vergonhoso, porque se pode burlar, por que vou fazer o certo.

Com a construção de um mundo coletivo ideal o ser humano limita-se, todos tem capacidades infinitas, mas a organização idealizada congela os que estão em baixo de poder exercer seu potencial. Todo medo, vergonha é do mundo ideal, destrua para poder ser livre.

Destrua as correntes do paraíso e saia para viver a realidade. Porque você pode viver no paraiso, mas a realidade irá se vingar e te carregará.

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