A linguagem, segundo Benveniste, não é só pra comunicar; é uma ferramenta que cria a sociedade. Ela não é só pra passar informação, mas é como a cola social. Essa ideia, junto com a sensibilidade de pensadores de hoje, mostra que a linguagem é variada e os diferentes jeitos de falar fazem parte da sociedade.
A ideia principal é que a língua é como uma tecnologia natural pra formar grupos. É algo que a gente tem desde sempre, assim como a vontade de se conectar e pertencer a algum lugar. Isso mostra que a linguagem é o que mantém os laços sociais. Ela não é só um meio de se comunicar, mas é o que dá forma e conteúdo à comunidade.
Dentro dessa ideia, entender que grupos diferentes têm jeitos próprios de falar é crucial. É saber que a linguagem muda de acordo com o lugar e que cada grupo tem sua própria maneira de se expressar. Num tribunal, por exemplo, a linguagem é formal e técnica, uma maneira específica de se comunicar que estabelece regras pra quem quer participar. Já no bar do seu Joaquim, a conversa é mais informal, criando um ambiente de amizade, e pra fazer parte desse grupo, tem que entender não só as palavras, mas também como as coisas funcionam lá.
A diferença nos jeitos de falar não quer dizer que um é melhor ou pior que o outro. Não é sobre julgar a moral de um jeito de falar. É sobre ver como a linguagem se adapta aos lugares diferentes. Essa perspectiva desafia ideias preconcebidas sobre a linguagem, que podem vir de julgamentos rápidos sobre o valor de uma forma de falar comparada com outra.
Olhando pro livro "Preconceito Linguístico" do Marcos Bagno e sua análise sobre as várias formas de falar, percebemos que a diversidade na linguagem é uma riqueza cultural e social. A língua não é uma coisa única, mas é como um mosaico de expressões, cada uma válida no seu próprio jeito. Aceitar essa diversidade é importante pra acabar com estereótipos associados a diferentes formas de falar.
Então, a linguagem, como Beneditense mostrou, não só liga as pessoas, mas também constrói as sociedades. Valorizar a diversidade de jeitos de falar é reconhecer a riqueza da diversidade humana e entender que cada forma de se expressar tem um papel importante na criação do tecido social.
Comentários
Postar um comentário